Equipes passam a noite combatendo fogo em santuário natural de MS
30/09/2025
(Foto: Reprodução) Equipes combatem fogo durante a noite na Serra do Amolar
O incêndio que atinge a Serra do Amolar, em Corumbá (MS), desde o último sábado (27), continua se espalhando pela região nesta terça-feira (30). Equipes trabalharam durante a madrugada para tentar conter as chamas. Veja vídeo acima.
A Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), atua no combate ao incêndio. Três aviões da Defesa Civil devem lançar água sobre a área atingida. Um helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também será usado para transportar brigadistas até o local.
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Segundo o IHP, o incêndio começou no topo de um morro, a cerca de 800 metros de altitude, possivelmente provocado pela queda de um raio. A área é de difícil acesso e fica a cerca de oito horas de barco pelo rio Paraguai, saindo de Corumbá.
Primeiro registro
O mês de setembro é considerado crítico para a região onde está inserida a Serra do Amolar, no pantanal de Mato Grosso do Sul, já que a época é de estiagem e altas temperaturas. Apesar disso, este é o primeiro incêndio registrado na Serra do Amolar em 2025, segundo o IHP.
Patrimônio da humanidade
A Serra do Amolar é considerada Patrimônio Natural da Humanidade e se destaca, sobretudo, por ser corredor natural para onças-pintadas, além de possuir espécies de flora intocadas.
O terreno e as paisagens da grande formação rochosa se diferem do restante do bioma pantaneiro é formada por 80 km de extensão de morros, que chegam a ter quase 1 mil de altitude. O território possui áreas com características de Mata Atlântica, do Pantanal e de Amazônia, o que resulta em uma rica biodiversidade.
A Serra do Amolar fica em Corumbá (MS) e só pode ser acessada por barco, pelo rio Paraguai, ou por via aérea.
O incêndio ameaça milhares de espécies que vivem na região. São cerca de 3,5 mil tipos de plantas, 325 espécies de peixes, 53 de anfíbios, 98 de répteis, 656 de aves e 159 de mamíferos.
Além da biodiversidade, a região tem uma importância significativa para o ciclo de cheia no Pantanal.
Chamas começaram no pico do morro, a mais de 800 metros de altura.
Reprodução/IHP
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