Greve interrompe funcionamento na rodoviária de Campo Grande após agressões; veja vídeo
14/08/2025
(Foto: Reprodução) Greve interrompe funcionamento na rodoviária de Campo Grande após agressões
Motoristas e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Campo Grande fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira (14), na rodoviária da capital. O protesto começou por volta das 7h30 e teve como principal reivindicação o aumento da segurança no terminal. A greve foi marcada após casos de agressões no local. Veja o vídeo acima.
Durante o ato, os rodoviários impediram a entrada de ônibus no terminal. Os veículos que já estavam estacionados puderam sair normalmente, mas os que chegavam ficaram retidos do lado de fora, gerando filas e impactando passageiros.
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“Falta segurança e fiscalização dentro da rodoviária de Campo Grande. Já tentamos conversar outras vezes, mas nada foi resolvido. Hoje só tem policiamento aqui devido ao protesto”, disse Willian Alves da Silva, motorista e presidente do Sindicato de Transporte Rodoviário de Campo Grande e também da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário.
Vídeos mostram vandalismo
A paralisação foi motivada por episódios recentes de vandalismo registrados no terminal. Segundo o sindicato, atendentes de guichês foram ameaçados, e estruturas de vidro foram quebradas.
Vídeos do sindicato mostram homens discutindo com atendentes. Em um deles, um passageiro quebra um vidro e entra no guichê. Os atos aconteceram nas últimas semanas e representam risco à segurança de trabalhadores e usuários do terminal, segundo os representantes do sindicato.
“Foi a gota d’água. A gente vem pedindo há tempos. Só agora, com o movimento, vieram ouvir", detalhou Willian.
Passageiros afetados
A paralisação afetou passageiros que chegavam ao terminal. Alessandro Oliveira, servente de obras, viajava do Paraná para o Mato Grosso.
“A gente entende a situação, mas é complicado. Tem criança nos ônibus, gente querendo voltar para casa ou seguir para o trabalho. A gente não sabe que horas vai sair”, disse.
Outro passageiro, Vivaldo Henrique da Silva, também se manifestou: “Precisa de segurança 24 horas aqui. Não pode acontecer essa quebradeira que está tendo.”
Guichês fechados e presença da Guarda
Durante a manifestação, os guichês internos permaneceram fechados. A Guarda Civil Metropolitana já estava no local desde o início do protesto e reforçou o efetivo por volta das 8h. Representantes da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) também acompanharam a movimentação.
Após cerca de uma hora e meia de paralisação, os rodoviários se reuniram com a Agereg e com representantes da empresa responsável pela administração da rodoviária, a Socicam. O serviço foi retomado após um acordo entre as partes. A concessionária disse em nota que vai reforçar a segurança no local:
"Em reunião realizada após o término da paralisação, entre o sindicato, o poder concedente e a concessionária, definiu-se, entre outros assuntos, a elaboração de planos de melhoria conjunta entre as partes. De imediato, contaremos com ampliação da presença da GCM no empreendimento".
O acordo firmado prevê que a Agereg disponibilize, de forma imediata, dois guardas municipais em regime 24h na rodoviária. A medida será temporária, até que a empresa contrate uma empresa privada para fornecer três seguranças fixos no local. A empresa tem até 90 dias para efetivar a contratação da segurança privada.
Fila de ônibus formado durante greve na rodoviária de Campo Grande.
Giovanna Dauzacker/TV Morena
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